MICROLEÃO DOURADO

Formamos uma expécie, obviamente em extinção, do símbolo de Shaka (pt.wikipedia.org/wiki/Hang_loose) mas, pensamos em nada a não ser que nossa prática nas artes seja o processo de imersão em improviso sonoro. Combinamos em não combinar nada, porque já convivemos e tocamos e quando tocamos com Uirá dos Reis, Luis Pretti e diversos outros músicos e não músicos. A convivência está posta, o processo é aberto. Assim como Rodrigo Colares na imersão de improviso que fizemos para lançar o disco dando-nos a conveniência de mostrar parte do processo. Onde ouvir um acorde do outro é mais importante do que tocar o seu próximo acorde porque não há ordem musical composta previamente, mas não tenha dúvida de que para isso existe um esforço para uma prática sonora que se mantenha em fluxo constante e recrie os seus componentes sonoros sempre e nunca exatamente na mesma ordem. Lançamo-nos ao abismo sonoro do processo há seis anos atrás no Dança no Andar de Cima. Entretidos em enigmas sonoros, aprofundamos o processo, compomo-nos em 4 e em uma mutação de repente éramos 3 componentes. Ascendemo-nos ao espaço sideral e voltamos à terra acompanhados de Kronos que regia o tempo. O início de tudo, o som: o som do tempo. Voltamos a encontrar parceiros sempre, desde que formamos com Uirá dos reis a primeira apresentação. Expandimo-nos, mas voltamos com ele agora no lançamento do primeiro álbum do Micro-Leão-Dourado, onde todo símbolo tem uma carne e todo sonho uma realidade.