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Este trabalho aborda os modos pelos quais a compreensão do conceito de pseudomorfose em Theodor Adorno é crítica às tendências do fazer artístico. O significado de pseudomorfose encontra sua expressão mais ampla como um conceito estético que aborda a tendência de um meio de expressão imitar as características de outro. O conceito em questão tem sua origem no termo “falsa formação”. Essa formação possui sentido negativo: é um caminho reconhecido pela autoridade cultural massificada, mas não é legítimo como obra de arte. Encontramos essa direção no livro a Filosofia da Nova Música. O livro possui dois estudos, o primeiro sobre Arnold Schoenberg, intitulado “Schoenberg e o Progresso”; o segundo texto, sobre Igor Stravinsky, chama-se “Stravinsky e a Restauração”. Através dos dois compositores, aplica-se a comparação da obra progressiva de Arnold Schoenberg e da obra regressiva de Igor Stravinsky com o conceito de pseudomorfose. O principal expoente da relação da música com o espaço pictórico é Stravinsky. Segundo Adorno, Schoenberg está isento da submissão que a indústria cultural impõe à sua composição. Já Stravinsky trabalha para a indústria; sendo assim, sua música se submete aos ditames da indústria do entretenimento massivo. A pseudomorfose da música ao espaço pictórico em Stravinsky é um sinal de coisificação do sujeito pela sociedade de massas. Ao final do presente trabalho, atesta-se que o conceito de pseudomorfose – em um momento posterior – expande-se em uma direção na qual se consideram legítimas suas manifestações.

Adorno; estética; pseudomorfose. 

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